Estudo do uso doméstico da água
na Austrália
A Water Corporation de Western Austrália
abastece de água cerca de 1,7 milhões de pessoas em todo o estado de
Western Austrália, dos quais cerca de 1,4 milhões vivem em Perth, a capital do
estado. Com um clima mediterrâneo, o tempo de Perth caracteriza-se por invernos
frios e úmidos e verões secos e quentes. A pluviosidade média anual é de 864 mm
sendo que cai para 744 mm entre Maio e Outubro e apenas 36 mm nos meses de
verão de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. A maior parte da cidade reside em uma
planície costeira arenosa com cerca de 20 km de largura entre o Oceano Índico e
o Darling Range. Abaixo da planície, águas subterrâneas adequadas para a
irrigação existem a profundidades variando de 2 m a 50 m e existem algumas
restrições na maioria das áreas para prevenir que os moradores utilizem para
finalidades de rega (jardim, relva e beira).
Durante o exercício de 1999/00, a
procura total de Perth por água foi de 241 GL, distribuídos como mostrado na figura
1.1. O uso residencial da água representa cerca de 70% da procura
total de Perth, dos quais 62% são usados por habitações unifamiliares e 8% em
habitações multi-residenciais (por exemplo, flats, apartamentos e condomínios).
Um bom entendimento das tendências e
padrões de uso doméstico da água é essencial para a Corporação planejar
eficazmente as necessidades presentes e futuras dos seus consumidores
residenciais e outros. Um estudo detalhado da utilização de água doméstica em
Perth foi realizado a última vez em 1981/82, quase 20 anos atrás (Metropolitan
Water Authority, 1985). Em 1995, a Corporação concluiu o Estudo do Futuro da
Água de Perth (PWF) (Stokes et al., 1995) que cometeu a corporação para um novo
Estudo do Uso Doméstico da Água (DWUS) que poderia fornecer uma compreensão
mais atual das tendências e padrões de utilização de água nas residências.
Mais um incentivo para atualizar o
conhecimento da utilização doméstica da água, veio de Comissão de Água e Rios
(WRC), um dos reguladores da Corporação. A WRC é responsável pela gestão e
proteção dos recursos de água da Western Austrália, que inclui a alocação de
recursos hídricos disponíveis para uso como o abastecimento de água público. A
aprovação da WRC para o desenvolvimento de novas fontes estaria sujeita à
implementação pela Corporação de um programa de eficiência de utilização de
água mutuamente aceitável que defina metas de poupança realistas.
Mais especificamente, os
objetivos do novo DWUS foram para:
– coletar dados sobre o uso
doméstico de água;
– identificar tendências e padrões de utilização de água; e
– desenvolver um modelo de previsão de demanda e, em uma fase posterior, um programa eficiente de uso de água.
– identificar tendências e padrões de utilização de água; e
– desenvolver um modelo de previsão de demanda e, em uma fase posterior, um programa eficiente de uso de água.
Este relatório aborda o primeiro
dos dois objetivos estudados. Descreve brevemente a metodologia de estudo,
apresenta os resultados mais importantes de análise de dados e resume as
principais conclusões.
As informações serão utilizadas
pela Corporação para melhorar a previsão da demanda futura e desenvolver
programas de eficiência do uso de água que estão em um base sólida.
Metodologia
O planejamento detalhado do estudo
começou no final de 1997 e um breve resumo do processo de planejamento está
listado abaixo:
– Revisão bibliográfica.
– Contatando outras agências e consultando no mundo quem tenha feito um trabalho semelhante.
– Análises estatísticas de dados de cerca de 1.000 famílias para determinar as principais variáveis que afetam o uso doméstico de água.
– Envolvimento com as partes interessadas (internas e externas) para assegurar que as suas necessidades fossem captadas.
– Determinação dos dados a coletar e o método de coleta.
– Ensaios dos medidores usados para o estudo.
– Contatando outras agências e consultando no mundo quem tenha feito um trabalho semelhante.
– Análises estatísticas de dados de cerca de 1.000 famílias para determinar as principais variáveis que afetam o uso doméstico de água.
– Envolvimento com as partes interessadas (internas e externas) para assegurar que as suas necessidades fossem captadas.
– Determinação dos dados a coletar e o método de coleta.
– Ensaios dos medidores usados para o estudo.
Um planejamento cuidadoso foi
necessário para garantir a seleção das famílias adequadas, bem como a logística
de coleta e tratamento dos dados.
Austrália investe para tirar sal da água do mar
As cinco maiores cidades do mais árido
dos países gastarão R$ 23 bilhões para ter água potável abundante
Na
Austrália, o país habitado mais seco do mundo, antigos exploradores
britânicos – buscando uma fonte de água potável – examinaram seu árido interior
atrás de um mar que existia só em fábulas. Um dos entusiastas da ideia
carregou uma baleeira centenas de milhas para dentro do país, mas não encontrou
nada além de deserto. Hoje, os australianos se voltam na direção oposta: a do
mar.
Em um
dos maiores projetos de infraestrutura na história do país, as cinco maiores
cidades da Austrália estão investindo US$ 13,2 bilhões (R$ 22,7 bilhões) em
plantas de dessalinização, capazes de sugar milhões de litros de água dos
oceanos por dia, remover o sal e obter água potável. Em dois anos, quando a
última planta deverá estar funcionando, as maiores cidades da Austrália obterão
até 30% de sua água do mar.
O país ainda se recupera de sua pior seca, que durou uma
década e, segundo o governo, foi aprofundada pela mudança climática. Com a
escassez de água aparecendo em todo o mundo, outros países, incluindo EUA e
China, também começam a olhar para o mar.
Mas a dessalinização também vem gerando fortes críticas e
protestos. Muitos proprietários de casas, nervosos com o aumento em suas
contas de água, e ambientalistas, preocupados com o efeito das plantas sobre o
clima, chamam os projetos de elefantes brancos devoradores de energia.
Medidas mais severas de conservação, como forçar o uso de máquinas de lavar
mais eficientes, “espremeriam” facilmente mais água das reservas existentes,
dizem os críticos.
A
dessalinização também ajudou a desacelerar o entusiasmo por uma “Austrália
grande” – a projeção governamental anterior, favorável à imigração, de que a
população do país aumentaria de 22 milhões, hoje, para 36 milhões em 2050.
A planta, estendendo-se por 15 acres entre um aeroporto e
bairros residenciais, fornece água a Brisbane, a capital de Queensland, e
outras partes do sudeste, a região de maior crescimento do país. Apesar de
problemas técnicos que fecharam temporariamente a planta há pouco tempo, ela
tem suprido 6% das necessidades de água da região – e tem capacidade para entregar
20%, segundo Barry Dennien, chefe executivo da SEQ Water Grid Manager, a
autoridade que supervisiona o suprimento de água desta região.
A seca nesta área durou de 2000 a 2009, enquanto o
reservatório atrás da maior represa, Wivenhoe, chegou a ficar com apenas 16%
de sua capacidade (em uma visita recente, ele estava em 98%). Embora tenha
demorado até 2005 para que as autoridades estaduais compreendessem a magnitude
da crise, segundo Dennien, a ação foi rápida depois disso.
Além de restringir o uso de água e subsidiar a compra de
tanques caseiros para armazenar água de chuva, o estado gastou quase US$ 8
bilhões (R$ 13,6) para criar a rede de abastecimento de água mais sofisticada
do país. Foram construídas represas e uma teia de encanamentos para conectar 18
instalações independentes de água em uma rede. Para “blindar” a região contra a
seca, o governo construiu instalações para fabricar água, com a reciclagem da
água dispensada para uso industrial e a dessalinização da água do mar. A
produção de água desaminizada pode ser adaptada de acordo com os níveis de
chuva.
Efeito dominó
Agora,
outras cidades estão fazendo a mesma aposta. Perth, que inaugurou a primeira
planta de dessalinização do país, em 2006, está construindo a segunda. A planta
de Sydney começou a operar no início deste ano, e as plantas próximas de
Melbourne e Adelaide já estão sendo construídas.
Até recentemente, a maioria das plantas de dessalinização
em grande escala do mundo estava no Oriente Médio, especialmente na Arábia
Saudita – embora a escassez de água esteja mudando isso. Nos Estados Unidos,
onde apenas uma planta grande está funcionando, em Tampa Bay, as autoridades
estão caminhando com propostas de instalações na Califórnia e no Texas,
segundo Tom Pankratz, diretor da Associação Internacional de Dessalinização,
localizada em Topsfield, Massachusetts.
A China, que recentemente inaugurou sua maior planta de
dessalinização, em Tianjin, pode eventualmente ultrapassar a Arábia Saudita
como líder mundial, declarou Pankratz.
Críticas
Muitos
ambientalistas e economistas se opõem a maiores expansões da dessalinização,
devido a seu preço e contribuição para o aquecimento global. A energia
necessária para remover o sal da água do mar corresponde a até 50% do custo do
processo, e a Austrália depende do carvão, um grande emissor de gases
estufa, para gerar a maior parte de sua eletricidade.
Críticos dizem que a dessalinização contribuirá com a
própria mudança climática que vem agravando a escassez de água no país. Para
tornar a dessalinização politicamente palatável, as plantas australianas
estão usando campos recém-construídos de energia eólica ou energias de alto
preço consideradas limpas. Para as residências em cidades com as novas plantas,
as contas de água devem dobrar nos próximos quatro anos, segundo a Water
Services Association.
Porém os críticos dizem que há alternativas mais baratas.
Eles defendem medidas de conservação, incluindo a obrigatoriedade de máquinas
de lavar, banheiros e chuveiros altamente eficientes, além de um melhor
gerenciamento das reservas de águas subterrâneas e represas.
Uso de Água Potável no
Sul a Austrália
Estudos recentes que envolveram sistemas
de abastecimento de água como uma fonte de gastroenterite (Payment et al.,
1991; 1997), têm ramificações com os suprimentos de água na Austrália. Isto é
particularmente correto no caso daqueles suprimentos em comunidades rurais e
semi-rurais onde a fonte de água é sempre de uma qualidade mais baixa e seu
tratamento rudimentar. A água de chuva coletada e armazenada em tanques sobre
edificações domésticas é uma importante fonte de água potável no sul da
Austrália. Contudo, o conhecimento acerca do risco à saúde ao beber desta água,
é muito limitado. Fontes potenciais de contaminação incluem matérias fecais de
pássaros; roedores; gambás e outros animais; queda acumulada de poluidores do
ar, resíduos de materiais do telhado e detritos orgânicos de ramos sobrepostos
de árvores. O foco deste estudo é a qualidade microbiológica. Alguns estudos
sobre tanques de água de chuva indicaram que a qualidade da água está abaixo
dos valores de referência para organismos indicadores (Fuller et al., 1981;
Thomas and Green, 1993; Edwards, 1994). Cistos de Cryptosporidium e de Giardia
foram detectados em tanques de água de chuva nas Ilhas Virgens (Crabtree et
al., 1996). Tanques de água de chuva foram também implicados como causa de um
surto de gastroenterite em Trinidad (Koplan et al., 1978).
Uso da água da chuva
A Austrália, já há um amplo programa de
uso da água de chuva inclusive para consumo humano, no Brasil a técnica está
segregada para população do nordeste, causando um preconceito sobre o tema em
regiões onde sempre se acreditou haver disponibilidade hídrica eterna
As reservas hídricas
que existem sob o fundo do mar representam cinco vezes o volume dos lagos de
água doce do planeta, um maná potencial e vital para as gerações futuras,
anunciaram cientistas australianos.
As reservas de água submarinas com
baixa salinidade nas plataformas continentais da Austrália, China, América do
Norte e África do Sul chegam a 500.000 quilômetros cúbicos, segundo Vincent
Post, coordenador do estudo e professor da universidade australiana Flinders.
"É 100 vezes o volume extraído
das reservas subterrâneas ao longo do século passado", destacou.
Os resultados, publicados na revista Nature , foram
obtidos com a compilação dos dados hídricos recolhidos com atividades de
exploração de petróleo.
Uma pessoa em cada três vive em um
país com problemas de água moderados ou graves.
Quase metade da população do planeta
pode sofrer com escassez de água até 2030, segundo a ONU, que considera que a
demanda será 40% superior à oferta.
Qualidade do ambiente
A qualidade do ambiente local em que
vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde e bem-estar. A poluição
atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta
diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções
nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana na saúde continuam a piorar, predispondo a poluição
atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura em
todo o mundo até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente
causada pelo transporte e queima de madeira ou carvão em pequena escala, está
ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos
até sintomas do trato respiratório superior, a curto prazo, e doenças
respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão,
a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10
– minúsculo material particulado, pequeno o suficiente para ser inalado até a
parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode
prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. Na Austrália, os níveis de PM10 em áreas urbanas são
de 13,1 microgramas por metro cúbico, abaixo da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e do
limite anual de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial da Saúde.O
acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço
significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na
qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. Na Austrália, 91% das pessoas afirmam que estão
satisfeitas com a qualidade da água, acima
da média da OCDE de 81%.
O nível de poluição atmosférica causado pelas PM10 é de 14 microgramas por metro cúbico, consideravelmente inferiores a média de 21 microgramas por m³ dos demais países da OCDE. A Austrália tem desempenho alto também em termos de qualidade da água: 91% das pessoas aprovam a qualidade da água, superior à média da OCDE de 84%.
O nível de poluição atmosférica causado pelas PM10 é de 14 microgramas por metro cúbico, consideravelmente inferiores a média de 21 microgramas por m³ dos demais países da OCDE. A Austrália tem desempenho alto também em termos de qualidade da água: 91% das pessoas aprovam a qualidade da água, superior à média da OCDE de 84%.
Na Austrália, nos últimos anos, o
discurso político em torno das questões ambientais tem-se intensificado,
contribuindo, particularmente, para aumentar o debate sobre o impacto do
crescimento das cidades e da gestão urbana no meio ambiente e nos recursos
energéticos do país. A maioria da energia eléctrica consumida no território
australiano é gerada a partir de carvão mineral. Graças aos recursos minerais
do país, é uma energia abundante e económica quando comparada com outras. Por
outro lado, este método de produção energética é um dos mais poluentes no
mercado das energias não renováveis, por gerar um nível elevado de emissões de
carbono. Na transição para um futuro que se espera sustentável, o aumento do
consumo de energias não renováveis continua a ser um dos grandes desafios da
Austrália.
À medida que as cidades crescem, aumenta
a procura de soluções energéticas. Este aumento põe sob pressão uma rede
eléctrica datada e ineficiente do ponto de vista da distribuição. A Austrália
tem ainda de superar problemas de transporte de energia entre centros urbanos
que, ao contrário da Europa, distam entre si milhares de quilómetros. À dimensão
continental do país acresce que o modelo de expansão económica e urbana é
irregular e as diferenças geográficas e climáticas afectam o padrão de consumo
energético (o território australiano abrange sete zonas climáticas distintas:
deserto, clima temperado, tropical, subtropical, equatorial e pradaria). Em
áreas com temperaturas extremas, a qualidade do ambiente interior depende em
grande medida dos equipamentos de ar condicionado.
A maior parte da construção feita nas
últimas décadas tem uma performance energética pobre. Esta realidade
manifesta-se não só no edificado de pequena escala, mas também em edifícios de
média e grande escala. Para dar resposta a este problema, o governo australiano
tem vindo a regulamentar a performance enérgica nas novas construções,
através da criação do índice BASIX (Building Sustainability Index) e do sistema
de classificação NABERS (National Australian Built Environment Ratings System),
ao mesmo tempo que tem criado incentivos a privados para a implementação de
sistemas de produção de energias renováveis. Várias organizações não
governamentais, como a BZE (Beyond Zero Emissions) ou a GBCA (Green Building
Council of Australia), se têm associado a estes processos, promovendo o debate
público e a criação de incentivos para a mudança do discurso na arquitectura e
na indústria da construção.
Desde
que se estabeleceu em 2002, o GBCA tem apoiado a “indústria de propriedade
sustentável” e acompanhado a adopção de práticas de “construção verde” através
da defesa e criação de incentivos de mercado (certificação Greenstar). O GBCA
examina vários aspectos da arquitectura, como a gestão do projecto, a qualidade
do ambiente interior, o consumo de água, os usos de materiais, sistemas de
transporte, níveis de emissões, aspectos ecológicos e de inovação. Na última
década foram certificados mais de 500 edifícios em território australiano, e o
número de edifícios que aguardam certificação continua a aumentar. Este
crescimento está associado a factores económicos, assim como a questões de imagem
pública e a posições de liderança no mercado. Os primeiros indícios deste
processo verificaram-se no projecto de edifícios de escritórios, dada a
natureza competitiva deste sector do mercado imobiliário.
Tem
aumentado consideravelmente o número de entidades que procuram um espaço que
represente valores inovadores da cultura empresarial, sobretudo quando há
vontade em associar o nome da organização a uma imagem de progresso tecnológico
e ambiental. Esta tendência nota-se sobretudo em empresas imobiliárias de
grande escala, que utilizam estes edifícios não só como espaços de trabalho mas
também como “plataformas de promoção” da marca. Edifícios como o 30 The Bond,
em Sydney, ou o pequeno edifício Pixel, em Melbourne, têm criado novos
referenciais de excelência. A nova torre de escritórios no centro de Sydney, 8
Chifley Square, foi concebida tendo em consideração não só aperformance ambiental mas, acima de tudo, a
sua “postura social”, ou seja, oferecendo-se como um testemunho da influência
da arquitectura no dia-a-dia dos trabalhadores, incentiva a colaboração no
ambiente de trabalho e contribui indirectamente para o aumento da
produtividade, criatividade e inovação.
De
acordo com o WorldGBC’s Business Case for Green Building, de Abril de 2013, os
níveis de aumento de produtividade em “edifícios verdes” variam entre os 10% e
os 15%, e as taxas de retenção dos empregados, nomeadamente da geração mais
nova, tendem a crescer. Verificou-se outra mudança significativa com o aumento
do número de trabalhadores que correm ou utilizam a bicicleta a caminho do
trabalho, práticas possíveis graças à existência de balneários e zonas de
cacifos. O estudo também revela que são significativas as reduções de consumo
de energia e água, bem como das operações de manutenção a longo prazo, e seus
respectivos custos. A análise pós-ocupação do edifício da Câmara Municipal de
Melbourne, a Council House 2 (o primeiro edifício de escritórios a receber 6
estrelas Green Star, a classificação máxima na Austrália), revela que os custos
de manutenção foram reduzidos em cerca de dois milhões de dólares por ano. Dada
a magnitude destes valores, o governo tem sido pressionado a comprometer-se com
a realização de avaliações ambientais a todos os edifícios que lhe pertencem ou
que esteja a desenvolver. É claro que uma decisão a este nível depende da
colaboração dos vários níveis de governo (na Austrália existem o Governo
Federal, Estadual e Local) e, dadas as divergências partidárias, o processo
pode demorar anos até ser acordado. No entanto, têm-se verificado grandes
mudanças na educação e na criação de incentivos do governo ao nível local,
nomeadamente em cidades com taxas de crescimento e inflação elevadas. Por
exemplo, a Câmara Municipal de Sydney foi a primeira entidade a comprometer-se
com a meta “carbono zero”, através da redução gradual das suas emissões. Para
atingir este objectivo, o município comprometeu-se a investir 12 milhões de
dólares em energias renováveis ao longo dos próximos cinco anos, bem como no
desenvolvimento de uma rede descentralizada de fornecimento de água para fins
não potáveis e na aplicação de novas tecnologias na recolha de resíduos.
Ao
longo dos últimos anos, os “edifícios verdes” têm sido responsáveis pelo
desenvolvimento de uma indústria da construção mais inovadora, têm contribuído
para o aumento do retorno sobre o investimento no valor de construção e,
consequentemente, para o crescimento do número de organizações dispostas a
investir na qualidade da construção, quer em edifícios novos quer em
renovações. A prática da arquitectura tem tido um contributo significativo
nesta transição, não só na adopção de soluções construtivas específicas, mas
também na criação de espaços bem planeados e cativantes, capazes de incentivar
os trabalhadores e de melhorar o seu bem-estar e produtividade.
Embora
os sinais de mudança sejam prometedores, existem ainda grandes desafios
urbanos. A maior parte do edificado existente está longe de cumprir níveis de performance mínimos, e, uma vez
que o custo de implementação de medidas sustentáveis ultrapassa a possibilidade
de muitos proprietários, há sectores em que a transformação tem sido mais
lenta. Por outro lado, há “edifícios verdes” que se relacionam com as
construções adjacentes para alcançar “economias ambientais”, como por exemplo o
8 Chifley Square, que recicla águas residuais dos seus vizinhos e as reutiliza
no sistema mecânico de refrigeração do edifício. E há outros exemplos de
simbiose urbana que estão a acontecer. Em Barangaroo South, os sistemas de
energia, água, recolha de resíduos, transportes e outros estão a ser elaborados
em paralelo, de tal modo que o excesso de “energia” num edifício possa ser
utilizado por outro. Este género de intervenção normalmente extravasa os
limites da propriedade e requer a coordenação de várias entidades
(proprietários, investidores, governo, gestores de redes, etc.). Só com
colaborações desta escala se poderão transformar os centros urbanos em “infraestruturas
verdes”, capazes de contribuir para a redução significativa das emissões de
carbono.
Neste
sentido, o desafio dos arquitetos perante o crescimento urbano e o impacto das
cidades no meio ecológico transcende a escala do edifício e incorpora, cada vez
mais, o diálogo interdisciplinar na procura de estratégias para um
desenvolvimento sustentável. A noção de sustentabilidade manifesta-se para além
do edificado – abrange aspectos urbanos, sociais, económicos e ecológicos, o
que sublinha a importância dessa colaboração na definição de estratégias e
meios para progredir em direção a um ambiente mais produtivo, resiliste e
saudável. Em suma, o futuro de uma Austrália sustentável depende não só do
discurso político e da mudança legislativa em prol da sustentabilidade nos
edifícios, comunidades e meios urbanos, mas sobretudo do envolvimento e colaboração
entre diversas instituições públicas e privadas e grupos sociais, por forma a
criar progressivamente cidades mais humanas, com um desempenho ecológico
eficaz.
Agropecuária
Austrália oferecem exemplos de áreas onde
o homem, através do uso inadequado e/ou intensivo da terra, destruiu os
recursos e transformou terras férteis em desertos ecológicos e econômicos.
A medida
que o estudo sobre a origem dos desertos evoluiu, surgiram conceitos a respeito
do assunto:
Deserto: região de clima árido; a evaporação
potencial é maior que a precipitação média anual. Caracteriza-se por apresentar
solos ressequidos; cobertura vegetal esparsa, presença de xerófilas e plantas
temporárias.
Desertificação: origina-se pela intensa pressão
exercida por atividades humanas sobre ecossistemas frágeis, cuja capacidade de
regeneração é baixa.
Processo
de desertificação: diz
respeito a atividade predatória que irá conduzir a formação de desertos.
Área de
desertificação: é a
área onde o fenômeno já se manifesta.
Área
propensa à desertificação: área onde a fragilidade do ecossistema favorece o processo de
instalação da desertificação.
Deserto
específico: a
desertificação já se manifesta em grau máximo.
As causas mais frequentes da
desertificação estão associadas ao uso inadequado do solo e da água no
desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal
planejada e no desmatamento indiscriminado.
Principais
problemas:
·
Vulnerabilidade
às secas, que impactam diretamente a agricultura de sequeiro e pecuária
·
Fraca
capacidade de reorganizar a estrutura produtiva do sertão
·
Desmatamento
resultante da pecuária extensiva e do uso de madeira para fins energéticos
·
Problemas
graves de desertificação já identificados
·
Sinalização
dos solos decorrente do manejo inadequado na agricultura e no pastoreio
·
Perda de
dinamismo de atividades industriais e comerciais
·
Precária
conservação da infraestrutura rodoviária
·
Precário
atendimento dos serviços de comunicação
·
Precário
sistema de difusão tecnológica
·
Baixa
produção científica e tecnológica para as necessidades do semi-árido
·
Deficiência
nos níveis de capacitação da mão-de-obra rural, industrial e do comércio
·
Fragilidade
institucional
·
Gestão
municipal sem planejamento e comprometimento com objetivos a longo prazo.
A desertificação
ocorre em mais de 100 países do mundo. Por isso é considerada um problema
global. No Brasil existem quatro áreas, que são chamadas núcleos de
desertificação, onde é intensa a degradação. Elas somam 18,7 mil km² e se
localizam nos municípios de Gilbués, no Piauí; Seridó, no Rio Grande do Norte;
Irauçuba, no Ceará e Cabrobó, em Pernambuco. As regiões áridas, semi-áridas e subsumidas
secas, também chamadas de terras secas, ocupam mais de 37% de toda a superfície
do planeta, abrigando mais de 1 bilhão de pessoas, ou seja, 1/6 da população
mundial, cujos indicadores são de baixo nível de renda, baixo padrão
tecnológico, baixo nível de escolaridade e ingestão de proteínas abaixo dos
níveis aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde - OMS. Mas a sua evolução
ocorre em cada lugar de modo específico e apresenta dinâmicas influenciadas por
esses lugares.
As
regiões sul-americana e caribenha têm inúmeros países com expressivas áreas de
seus territórios com problemas de desertificação. Os mais significativos são
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Peru e México.
Geografia da Austrália
É caracterizada por desertos ou
zonas semi-áridas —
40% da massa terrestre está coberta por dunas de areia. Só os cantos sudeste
e sudoeste têm um clima temperado e um solo moderadamente fértil. A parte
norte do país tem um clima tropical: parte é floresta tropical, parte são pastagens e
parte é deserto. A Grande Barreira de Recifes, o maior recife de coral do mundo, situa-se a pouca distância da costa nordeste
e estende-se por mais de 1200 km. O Uluru (conhecido como Ayers Rock até 1986) é o segundo maior monolito do mundo e situa-se na Austrália central.
Hidrografia
Zona contígua
A
CDM permite que o Estado costeiro mantenha sob seu controle uma área de até
doze milhas náuticas, adicionalmente às doze milhas do mar territorial, para o
propósito de evitar ou reprimir as infrações às suas leis e regulamentos aduaneiros, fiscais,
de imigração,
sanitários ou de outra natureza no seu território ou mar territorial.
24 Milha Náutica, é uma unidade de medida de
comprimento ou distância, equivalente a 1 852 metros, utilizada quase
exclusivamente em navegação marítima e aérea e na medição de distâncias
marítimas. A milha náutica não integra o Sistema
Internacional de Unidades (SI)
e o seu uso é desencorajado quando em relação com grandezas expressas em
unidades do SI.
Zona econômica exclusiva
200 milhas náuticas
De acordo com a Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os países costeiros têm
direito a declarar uma zona econômica exclusiva (ZEE) de espaço marítimo para além das suas águas
territoriais, na qual têm prerrogativas na utilização dos recursos,
tanto vivos como não-vivos, e responsabilidade na sua gestão ambiental.
A
ZEE é delimitada, em princípio, por uma linha situada a 200 milhas marítimas da
costa, mas pode ter uma extensão maior, de acordo com a da plataforma continental. A ZEE separa as
águas nacionais das águas
internacionais.
Muitas
das atuais disputas internacionais pelo controle ou soberania de ilhas remotas, rochedos ou pequenos atóis,
não são necessariamente motivadas pelo controle da área superficial da ilha ou arquipélago em questão, mas pela localização
estratégica destes pontos em termos geopolíticos ou à abundância de riquezas naturais (pesca,
petróleo) na área marítima adjacente, que pode vir a compor uma grande Zona
Econômica Exclusiva. São esses motivos que explicam o fato de que quase todas
as ilhas oceânicas e remotas se encontram sob a soberania de um determinado
país, mesmo apesar de muitas delas serem desabitadas e sem haver nenhum tipo de
potencial econômico aparente. As únicas exceções, são apenas as ilhas situadas
ao sul do Paralelo 60 S,
que se encontram protegidas pelo Tratado da Antártida.
A Antártida é atualmente o único continente onde
não existem ZEEs, já que o Tratado da Antártida proíbe a exploração econômica
predatória exclusiva no continente. Entretanto, há diversas reivindicações territoriais na
Antártida que
implicariam possíveis ZEEs ao redor do continente, mas estas disputas estão
congeladas devido à vigência do tratado.
12
milhas Mar territorial é uma faixa de águas costeiras que
alcança 12 milhas náuticas (22 quilômetros)
a partir do litoral de um estado, que é considerado parte do território soberano daquele Estado (excetuados os acordos
com Estados vizinhos cujas costas distem menos de 24 milhas
náuticas (44 quilômetros).
A largura do mar territorial é contada a partir da linha de base, isto é, a
linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala reconhecidas
oficialmente pelo Estado costeiro.
Dentro
do mar territorial, o Estado costeiro dispõe de direitos soberanos idênticos
aos de que goza em seu território e suas águas interiores, para exercer jurisdição,
aplicar as suas leis e regulamentar o uso e a exploração dos recursos.
Entretanto, as embarcações estrangeiras civis e militares têm o "direito de
passagem inocente" pelo mar territorial, desde que não violem
as leis do Estado costeiro nem constituam ameaça à segurança.
O
mar territorial e seus conceitos correlatos - zona contígua, zona econômica
exclusiva, plataforma continental etc. - são regulados pela Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CDM), de 1982.
Lista de rios da Austrália
Rios mais importantes na Ocêania:
·
Albert
·
Avon (Austrália Ocidental)
·
Avon (Austrália Ocidental)
·
Avon (Austrália Ocidental)
·
Barcoo
·
Barron
·
Barwon (Nova Gales do Sul)
·
Barwon (Victoria)
·
Bell
·
Bega
·
Bogan
·
Bremer
·
Brisbane
·
Burdekin
·
Burnett
·
Cataract
·
Clarence
·
Clyde
·
Colo
·
Darly
·
Dawson
·
De Gray
·
Dumaresq
·
Edward
·
Esk
·
Finke
·
Fish
·
Fitzroy (Queenland)
·
Fitzroy (Austrália Ocidental)
·
Franklin
·
Gascoyne
·
Geehi
|
·
Georges
·
Gordon
·
Goulburn (NSW)
·
Goulburn (Vic)
·
Grose
·
Gwydir
·
Hastings
·
Horton
·
Hunter
·
Huon
·
Jardine
·
Karuah
·
King (Vic)
·
King (Tas)
·
Kowmung
·
Lachlan
·
Logan
·
Macleay
·
Manilla
·
Manning
·
Margaret
·
Mary
·
Mersey
·
Mitchell
·
Molonglo
·
Moruya
·
Murray
·
Darling
|
·
Nambucca
·
Namoi
·
Nattai
·
Nepean
·
Nerang
·
Nogoa
·
Nymboida
·
Orara
·
Ord
·
Paroo
·
Peel
·
Pine
·
Pioneer
·
Richmond
·
Roper
·
Snowy
·
Swan
·
Avon
·
Tamar
·
Thomson (Qld)
·
Thomson (Vic)
·
Tooma
·
Torrens
·
Tumut
·
Tweed
·
Victoria
·
Warrego
·
Williams
·
Wilson
·
Woronora
·
Yarra
|
Lagos e lagoas
Lagos artificiais
·
Lago Moondarra próximo ao Monte Isa
·
Lago Eildon em Victoria
Lagos de água salgada
·
Lago Carey, Austrália Ocidental
·
Lago
Disappointment, Austrália Ocidental
·
Lago Dumbleyung, Austrália Ocidental
·
Lago Dundas, Austrália Ocidental
·
Lago Frome, Austrália do Sul
·
Lago Gairdner, Austrália do Sul
Lagos
de água doce
·
Lago Saint Clair, Tasmânia
·
Lago Pedder, Tasmânia
·
Lago Gordon, Tasmânia
Lagos vulcânicos
·
Lago Little Blue, Austrália do Sul
·
Lago Valley, Austrália do Sul
Uso da terra
·
Terra
arável - 6%
·
Cultivo
permanente - 0%
·
Terra
irrigada - 21 070 km² (est. 1993)
·
Pastagens
permanentes - 54%
·
Florestas
- 19%
·
Outros
- 21% (estimativas de 1993)
·
FRONTEIRAS
ÁREAS
·
Total
- 7 686 850 km²
·
Terra
- 7 617 930 km²
·
Águas
interiores - 68 920 km²
Nota
- inclui a ilha de Lord
Howe e a ilha
Macquarie
Fronteiras terrestres
- 0 km
Costa -
25 760 km
Distâncias máximas
(parte continental)
·
N-S
- Darwin (Austrália)|Darwin-Melbourne - 2560 km
·
L-O
- Sydney-Perth - 3264 km
Clima
Temperado, tropical e mediterrâneo.
Ambiente
·
Problemas
atuais: erosão de solos proveniente da sobre
pastagem, desenvolvimento industrial, urbanização e práticas agrícolas incorretas;
aumento da salinidade dos solos devido ao uso de água de má
qualidade; desertificação; limpeza de matas para uso agrícola ameaça o habitat natural de muitas espécies únicas de
animais e plantas; a Grande Barreira de Recifes, o maior recife
natural do mundo, está ameaçado pelo aumento de tráfego marítimo e pela sua
popularidade enquanto destino turístico; recursos naturais de água doce
limitados.
Topografia
Mapa topográfico da
Austrália.
Terreno
·
A
maior parte do território é um planalto baixo e desértico; uma planície fértil no sudeste. A Grande barreira de coral, o maior recife de coral do mundo, fica a pequena distância da
costa nordeste. Uluru, na Austrália
central, é o maior monólito do mundo.
Extremos
de elevação
·
Ponto
mais baixo:Lago Eyre:
-15 m
·
Ponto
mais elevado: Monte Kosciuszko: 2 229 m
Perigos
naturais
Ciclones
ao longo da costa; secas severas e inundações ocasionais; incêndios florestais
frequentes
Recursos naturais
Bauxita, carvão, minério de ferro, cobre, estanho, ouro, prata, urânio, níquel, tungstênio,
areias minerais, chumbo, zinco, diamante, gás natural e petróleo.
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS (CEULP/ULBRA)
- Trabalho de Hidrogeologia - Austrália
- Orientador: Rodrigo Meireles
- Executado por:
Aline S. Andrade
Maysa R. Maia
Thaynara N. Andrade
- Turma: 3751 -2015/2