quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Qualidade da água - Austrália

Estudo do uso doméstico da água na Austrália
      A Water Corporation de Western Austrália abastece de água cerca de 1,7 milhões de pessoas em todo o estado de  Western Austrália, dos quais cerca de 1,4 milhões vivem em Perth, a capital do estado. Com um clima mediterrâneo, o tempo de Perth caracteriza-se por invernos frios e úmidos e verões secos e quentes. A pluviosidade média anual é de 864 mm sendo que cai para 744 mm entre Maio e Outubro e apenas 36 mm nos meses de verão de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. A maior parte da cidade reside em uma planície costeira arenosa com cerca de 20 km de largura entre o Oceano Índico e o Darling Range. Abaixo da planície, águas subterrâneas adequadas para a irrigação existem a profundidades variando de 2 m a 50 m e existem algumas restrições na maioria das áreas para prevenir que os moradores utilizem para finalidades de rega (jardim, relva e beira).


Durante o exercício de 1999/00, a procura total de Perth por água foi de 241 GL, distribuídos como mostrado na figura 1.1.  O uso residencial da água  representa cerca de 70% da procura total de Perth, dos quais 62% são usados por habitações unifamiliares e 8% em habitações multi-residenciais (por exemplo, flats, apartamentos e condomínios).




       Um bom entendimento das tendências e padrões de uso doméstico da água é essencial para a Corporação planejar eficazmente as necessidades presentes e futuras dos seus consumidores residenciais e outros. Um estudo detalhado da utilização de água doméstica em Perth foi realizado a última vez em 1981/82, quase 20 anos atrás (Metropolitan Water Authority, 1985). Em 1995, a Corporação concluiu o Estudo do Futuro da Água de Perth (PWF) (Stokes et al., 1995) que cometeu a corporação para um novo Estudo do Uso Doméstico da Água (DWUS) que poderia fornecer uma compreensão mais atual das tendências e padrões de utilização de água nas residências.


             Mais um incentivo para atualizar o conhecimento da utilização doméstica da água, veio de Comissão de Água e Rios (WRC), um dos reguladores da Corporação. A WRC é responsável pela gestão e proteção dos recursos de água da Western Austrália, que inclui a alocação de recursos hídricos disponíveis para uso como o abastecimento de água público. A aprovação da WRC para o desenvolvimento de novas fontes estaria sujeita à implementação pela Corporação de um programa de eficiência de utilização de água mutuamente aceitável que defina metas de poupança realistas.


Mais especificamente, os objetivos do novo DWUS foram para:

– coletar dados sobre o uso doméstico de água;
– identificar tendências e padrões de utilização de água; e
– desenvolver um modelo de previsão de demanda e, em uma fase posterior, um programa eficiente de uso de água.
Este relatório aborda o primeiro dos dois objetivos estudados. Descreve brevemente a metodologia de estudo, apresenta os resultados mais importantes de análise de dados e resume as principais conclusões.
As informações serão utilizadas pela Corporação para melhorar a previsão da demanda futura e desenvolver programas de eficiência do uso de água que estão em um base sólida.

Metodologia
         O planejamento detalhado do estudo começou no final de 1997 e um breve resumo do processo de planejamento está listado abaixo:
– Revisão bibliográfica.
– Contatando outras agências e consultando no mundo quem tenha feito um trabalho semelhante.
– Análises estatísticas de dados de cerca de 1.000 famílias para determinar as principais variáveis que afetam o uso doméstico de água.
– Envolvimento com as partes interessadas (internas e externas) para assegurar que as suas necessidades fossem captadas.
– Determinação dos dados a coletar e o método de coleta.
– Ensaios dos medidores  usados para o estudo.
Um planejamento cuidadoso foi necessário para garantir a seleção das famílias adequadas, bem como a logística de coleta e tratamento dos dados.

 

Austrália investe para tirar sal da água do mar 

As cinco maiores cidades do mais árido dos países gastarão R$ 23 bilhões para ter água potável abundante

           Na Austrália, o país habitado mais seco do mundo, antigos ex­­ploradores britânicos – buscando uma fonte de água potável – examinaram seu árido interior atrás de um mar que existia só em fá­­bulas. Um dos entusiastas da ideia carregou uma baleeira centenas de milhas para dentro do país, mas não en­­controu nada além de deserto. Ho­­je, os australianos se voltam na direção oposta: a do mar.
           Em um dos maiores projetos de infraestrutura na história do país, as cinco maiores cidades da Aus­­trália estão investindo US$ 13,2 bi­­lhões (R$ 22,7 bilhões) em plantas de dessalinização, capazes de sugar milhões de litros de água dos oceanos por dia, re­­mover o sal e obter água potável. Em dois anos, quando a última planta deverá es­­tar funcionando, as maiores cidades da Austrália ob­­terão até 30% de sua água do mar.
O país ainda se recupera de sua pior seca, que durou uma década e, segundo o governo, foi aprofundada pela mudança climática. Com a escassez de água aparecendo em todo o mundo, outros países, in­­clu­­indo EUA e China, também co­­­meçam a olhar para o mar.
Mas a dessalinização também vem gerando fortes críticas e protestos. Muitos proprietários de ca­­sas, nervosos com o aumento em suas contas de água, e ambientalistas, preocupados com o efeito das plantas sobre o clima, chamam os projetos de elefantes bran­­cos devoradores de energia. Medidas mais severas de conservação, co­­mo forçar o uso de má­­quinas de la­­var mais eficientes, “espremeriam” facilmente mais água das re­­servas existentes, di­­zem os críticos.
           A dessalinização também ajudou a desacelerar o entusiasmo por uma “Austrália grande” – a projeção governamental anterior, favorável à imigração, de que a população do país aumentaria de 22 milhões, hoje, para 36 mi­­lhões em 2050.
A planta, estendendo-se por 15 acres entre um aeroporto e bairros residenciais, fornece água a Bris­­bane, a capital de Queensland, e outras partes do sudeste, a região de maior crescimento do país. Ape­­sar de problemas técnicos que fe­­charam temporariamente a planta há pouco tempo, ela tem suprido 6% das necessidades de água da região – e tem capacidade para en­­tregar 20%, segundo Barry Den­­nien, chefe executivo da SEQ Wa­­ter Grid Manager, a autoridade que supervisiona o suprimento de água desta região.
A seca nesta área durou de 2000 a 2009, enquanto o reservatório atrás da maior represa, Wi­­venhoe, chegou a ficar com apenas 16% de sua capacidade (em uma visita re­­cente, ele estava em 98%). Embora tenha demorado até 2005 para que as autoridades estaduais compreendessem a magnitude da crise, segundo Dennien, a ação foi rápida depois disso.
Além de restringir o uso de água e subsidiar a compra de tanques caseiros para armazenar água de chuva, o estado gastou quase US$ 8 bilhões (R$ 13,6) para criar a rede de abastecimento de água mais sofisticada do país. Foram construídas represas e uma teia de encanamentos para conectar 18 instalações independentes de água em uma rede. Para “blindar” a região contra a seca, o governo construiu instalações para fabricar água, com a reciclagem da água dispensada para uso industrial e a dessalinização da água do mar. A produção de água desaminizada pode ser adaptada de acordo com os níveis de chuva.

Efeito dominó
         Agora, outras cidades estão fazendo a mesma aposta. Perth, que inaugurou a primeira planta de dessalinização do país, em 2006, está construindo a segunda. A plan­­­­ta de Sydney começou a operar no início deste ano, e as plantas próximas de Melbourne e Ade­­laide já estão sendo construídas.
Até recentemente, a maioria das plantas de dessalinização em grande escala do mundo estava no Oriente Médio, especialmente na Arábia Saudita – embora a escassez de água esteja mudando isso. Nos Estados Unidos, onde ape­­nas uma planta grande está funcionando, em Tampa Bay, as autoridades estão caminhando com pro­­postas de instalações na Califórnia e no Texas, segundo Tom Pankratz, diretor da Asso­­ciação Interna­­cio­­nal de Dessali­­nização, localizada em Topsfield, Massachusetts.
A China, que recentemente inau­­gurou sua maior planta de dessalinização, em Tianjin, pode eventualmente ultrapassar a Ará­­bia Saudita como líder mundial, declarou Pankratz.

Críticas
          Muitos ambientalistas e economistas se opõem a maiores expansões da dessalinização, devido a seu preço e contribuição para o aquecimento global. A energia necessária para remover o sal da água do mar corresponde a até 50% do custo do processo, e a Aus­­trália depende do carvão, um gran­­­­de emissor de gases estufa, para gerar a maior parte de sua eletricidade.
Críticos dizem que a dessalinização contribuirá com a própria mudança climática que vem agra­vando a escassez de água no país. Para tornar a dessalinização politicamente palatável, as plantas aus­­tralianas estão usando campos re­­cém-construídos de energia eó­­lica ou energias de alto preço consideradas limpas. Para as residências em cidades com as novas plantas, as contas de água devem do­­brar nos próximos quatro anos, se­­gundo a Water Servi­­ces Associa­­tion.
Porém os críticos dizem que há alternativas mais baratas. Eles defendem medidas de conservação, incluindo a obrigatoriedade de máquinas de lavar, banheiros e chuveiros altamente eficientes, além de um melhor gerenciamen­­to das reservas de águas subterrâneas e represas.

Uso de Água Potável no Sul a Austrália
       Estudos recentes que envolveram sistemas de abastecimento de água como uma fonte de gastroenterite (Payment et al., 1991; 1997), têm ramificações com os suprimentos de água na Austrália. Isto é particularmente correto no caso daqueles suprimentos em comunidades rurais e semi-rurais onde a fonte de água é sempre de uma qualidade mais baixa e seu tratamento rudimentar. A água de chuva coletada e armazenada em tanques sobre edificações domésticas é uma importante fonte de água potável no sul da Austrália. Contudo, o conhecimento acerca do risco à saúde ao beber desta água, é muito limitado. Fontes potenciais de contaminação incluem matérias fecais de pássaros; roedores; gambás e outros animais; queda acumulada de poluidores do ar, resíduos de materiais do telhado e detritos orgânicos de ramos sobrepostos de árvores. O foco deste estudo é a qualidade microbiológica. Alguns estudos sobre tanques de água de chuva indicaram que a qualidade da água está abaixo dos valores de referência para organismos indicadores (Fuller et al., 1981; Thomas and Green, 1993; Edwards, 1994). Cistos de Cryptosporidium e de Giardia foram detectados em tanques de água de chuva nas Ilhas Virgens (Crabtree et al., 1996). Tanques de água de chuva foram também implicados como causa de um surto de gastroenterite em Trinidad (Koplan et al., 1978).

Uso da água da chuva
      A Austrália, já há um amplo programa de uso da água de chuva inclusive para consumo humano, no Brasil a técnica está segregada para população do nordeste, causando um preconceito sobre o tema em regiões onde sempre se acreditou haver disponibilidade hídrica eterna
As reservas hídricas que existem sob o fundo do mar representam cinco vezes o volume dos lagos de água doce do planeta, um maná potencial e vital para as gerações futuras, anunciaram cientistas australianos.
As reservas de água submarinas com baixa salinidade nas plataformas continentais da Austrália, China, América do Norte e África do Sul chegam a 500.000 quilômetros cúbicos, segundo Vincent Post, coordenador do estudo e professor da universidade australiana Flinders.
"É 100 vezes o volume extraído das reservas subterrâneas ao longo do século passado", destacou.
      Os resultados, publicados na revista Nature , foram obtidos com a compilação dos dados hídricos recolhidos com atividades de exploração de petróleo.
Uma pessoa em cada três vive em um país com problemas de água moderados ou graves.
Quase metade da população do planeta pode sofrer com escassez de água até 2030, segundo a ONU, que considera que a demanda será 40% superior à oferta.

Qualidade do ambiente
        A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde e bem-estar. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentesos impactos da poluição atmosférica urbana na saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura em todo o mundo até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior, a curto prazo, e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão, a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – minúsculo material particulado, pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. Na Austrália, os níveis de PM10 em áreas urbanas são de 13,1 microgramas por metro cúbico, abaixo da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e do limite anual de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial da Saúde.O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. Na Austrália, 91% das pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, acima da média da OCDE de 81%.
O nível de poluição atmosférica causado pelas PM10 é de 14 microgramas por metro cúbico, consideravelmente inferiores a média de 21 microgramas por m³ dos demais países da OCDE. A Austrália tem desempenho alto também em termos de qualidade da água: 91% das pessoas aprovam a qualidade da água, superior à média da OCDE de 84%.

       Na Austrália, nos últimos anos, o discurso político em torno das questões ambientais tem-se intensificado, contribuindo, particularmente, para aumentar o debate sobre o impacto do crescimento das cidades e da gestão urbana no meio ambiente e nos recursos energéticos do país. A maioria da energia eléctrica consumida no território australiano é gerada a partir de carvão mineral. Graças aos recursos minerais do país, é uma energia abundante e económica quando comparada com outras. Por outro lado, este método de produção energética é um dos mais poluentes no mercado das energias não renováveis, por gerar um nível elevado de emissões de carbono. Na transição para um futuro que se espera sustentável, o aumento do consumo de energias não renováveis continua a ser um dos grandes desafios da Austrália.
      À medida que as cidades crescem, aumenta a procura de soluções energéticas. Este aumento põe sob pressão uma rede eléctrica datada e ineficiente do ponto de vista da distribuição. A Austrália tem ainda de superar problemas de transporte de energia entre centros urbanos que, ao contrário da Europa, distam entre si milhares de quilómetros. À dimensão continental do país acresce que o modelo de expansão económica e urbana é irregular e as diferenças geográficas e climáticas afectam o padrão de consumo energético (o território australiano abrange sete zonas climáticas distintas: deserto, clima temperado, tropical, subtropical, equatorial e pradaria). Em áreas com temperaturas extremas, a qualidade do ambiente interior depende em grande medida dos equipamentos de ar condicionado.
       A maior parte da construção feita nas últimas décadas tem uma performance energética pobre. Esta realidade manifesta-se não só no edificado de pequena escala, mas também em edifícios de média e grande escala. Para dar resposta a este problema, o governo australiano tem vindo a regulamentar a performance enérgica nas novas construções, através da criação do índice BASIX (Building Sustainability Index) e do sistema de classificação NABERS (National Australian Built Environment Ratings System), ao mesmo tempo que tem criado incentivos a privados para a implementação de sistemas de produção de energias renováveis. Várias organizações não governamentais, como a BZE (Beyond Zero Emissions) ou a GBCA (Green Building Council of Australia), se têm associado a estes processos, promovendo o debate público e a criação de incentivos para a mudança do discurso na arquitectura e na indústria da construção.
Desde que se estabeleceu em 2002, o GBCA tem apoiado a “indústria de propriedade sustentável” e acompanhado a adopção de práticas de “construção verde” através da defesa e criação de incentivos de mercado (certificação Greenstar). O GBCA examina vários aspectos da arquitectura, como a gestão do projecto, a qualidade do ambiente interior, o consumo de água, os usos de materiais, sistemas de transporte, níveis de emissões, aspectos ecológicos e de inovação. Na última década foram certificados mais de 500 edifícios em território australiano, e o número de edifícios que aguardam certificação continua a aumentar. Este crescimento está associado a factores económicos, assim como a questões de imagem pública e a posições de liderança no mercado. Os primeiros indícios deste processo verificaram-se no projecto de edifícios de escritórios, dada a natureza competitiva deste sector do mercado imobiliário.
Tem aumentado consideravelmente o número de entidades que procuram um espaço que represente valores inovadores da cultura empresarial, sobretudo quando há vontade em associar o nome da organização a uma imagem de progresso tecnológico e ambiental. Esta tendência nota-se sobretudo em empresas imobiliárias de grande escala, que utilizam estes edifícios não só como espaços de trabalho mas também como “plataformas de promoção” da marca. Edifícios como o 30 The Bond, em Sydney, ou o pequeno edifício Pixel, em Melbourne, têm criado novos referenciais de excelência. A nova torre de escritórios no centro de Sydney, 8 Chifley Square, foi concebida tendo em consideração não só aperformance ambiental mas, acima de tudo, a sua “postura social”, ou seja, oferecendo-se como um testemunho da influência da arquitectura no dia-a-dia dos trabalhadores, incentiva a colaboração no ambiente de trabalho e contribui indirectamente para o aumento da produtividade, criatividade e inovação.
De acordo com o WorldGBC’s Business Case for Green Building, de Abril de 2013, os níveis de aumento de produtividade em “edifícios verdes” variam entre os 10% e os 15%, e as taxas de retenção dos empregados, nomeadamente da geração mais nova, tendem a crescer. Verificou-se outra mudança significativa com o aumento do número de trabalhadores que correm ou utilizam a bicicleta a caminho do trabalho, práticas possíveis graças à existência de balneários e zonas de cacifos. O estudo também revela que são significativas as reduções de consumo de energia e água, bem como das operações de manutenção a longo prazo, e seus respectivos custos. A análise pós-ocupação do edifício da Câmara Municipal de Melbourne, a Council House 2 (o primeiro edifício de escritórios a receber 6 estrelas Green Star, a classificação máxima na Austrália), revela que os custos de manutenção foram reduzidos em cerca de dois milhões de dólares por ano. Dada a magnitude destes valores, o governo tem sido pressionado a comprometer-se com a realização de avaliações ambientais a todos os edifícios que lhe pertencem ou que esteja a desenvolver. É claro que uma decisão a este nível depende da colaboração dos vários níveis de governo (na Austrália existem o Governo Federal, Estadual e Local) e, dadas as divergências partidárias, o processo pode demorar anos até ser acordado. No entanto, têm-se verificado grandes mudanças na educação e na criação de incentivos do governo ao nível local, nomeadamente em cidades com taxas de crescimento e inflação elevadas. Por exemplo, a Câmara Municipal de Sydney foi a primeira entidade a comprometer-se com a meta “carbono zero”, através da redução gradual das suas emissões. Para atingir este objectivo, o município comprometeu-se a investir 12 milhões de dólares em energias renováveis ao longo dos próximos cinco anos, bem como no desenvolvimento de uma rede descentralizada de fornecimento de água para fins não potáveis e na aplicação de novas tecnologias na recolha de resíduos.
Ao longo dos últimos anos, os “edifícios verdes” têm sido responsáveis pelo desenvolvimento de uma indústria da construção mais inovadora, têm contribuído para o aumento do retorno sobre o investimento no valor de construção e, consequentemente, para o crescimento do número de organizações dispostas a investir na qualidade da construção, quer em edifícios novos quer em renovações. A prática da arquitectura tem tido um contributo significativo nesta transição, não só na adopção de soluções construtivas específicas, mas também na criação de espaços bem planeados e cativantes, capazes de incentivar os trabalhadores e de melhorar o seu bem-estar e produtividade.
Embora os sinais de mudança sejam prometedores, existem ainda grandes desafios urbanos. A maior parte do edificado existente está longe de cumprir níveis de performance mínimos, e, uma vez que o custo de implementação de medidas sustentáveis ultrapassa a possibilidade de muitos proprietários, há sectores em que a transformação tem sido mais lenta. Por outro lado, há “edifícios verdes” que se relacionam com as construções adjacentes para alcançar “economias ambientais”, como por exemplo o 8 Chifley Square, que recicla águas residuais dos seus vizinhos e as reutiliza no sistema mecânico de refrigeração do edifício. E há outros exemplos de simbiose urbana que estão a acontecer. Em Barangaroo South, os sistemas de energia, água, recolha de resíduos, transportes e outros estão a ser elaborados em paralelo, de tal modo que o excesso de “energia” num edifício possa ser utilizado por outro. Este género de intervenção normalmente extravasa os limites da propriedade e requer a coordenação de várias entidades (proprietários, investidores, governo, gestores de redes, etc.). Só com colaborações desta escala se poderão transformar os centros urbanos em “infraestruturas verdes”, capazes de contribuir para a redução significativa das emissões de carbono.
        Neste sentido, o desafio dos arquitetos perante o crescimento urbano e o impacto das cidades no meio ecológico transcende a escala do edifício e incorpora, cada vez mais, o diálogo interdisciplinar na procura de estratégias para um desenvolvimento sustentável. A noção de sustentabilidade manifesta-se para além do edificado – abrange aspectos urbanos, sociais, económicos e ecológicos, o que sublinha a importância dessa colaboração na definição de estratégias e meios para progredir em direção a um ambiente mais produtivo, resiliste e saudável. Em suma, o futuro de uma Austrália sustentável depende não só do discurso político e da mudança legislativa em prol da sustentabilidade nos edifícios, comunidades e meios urbanos, mas sobretudo do envolvimento e colaboração entre diversas instituições públicas e privadas e grupos sociais, por forma a criar progressivamente cidades mais humanas, com um desempenho ecológico eficaz.

Agropecuária
      Austrália oferecem exemplos de áreas onde o homem, através do uso inadequado e/ou intensivo da terra, destruiu os recursos e transformou terras férteis em desertos ecológicos e econômicos.
A medida que o estudo sobre a origem dos desertos evoluiu, surgiram conceitos a respeito do assunto:

Deserto: região de clima árido; a evaporação potencial é maior que a precipitação média anual. Caracteriza-se por apresentar solos ressequidos; cobertura vegetal esparsa, presença de xerófilas e plantas temporárias.
Desertificação: origina-se pela intensa pressão exercida por atividades humanas sobre ecossistemas frágeis, cuja capacidade de regeneração é baixa.
Processo de desertificação: diz respeito a atividade predatória que irá conduzir a formação de desertos.
Área de desertificação: é a área onde o fenômeno já se manifesta.
Área propensa à desertificação: área onde a fragilidade do ecossistema favorece o processo de instalação da desertificação.
Deserto específico: a desertificação já se manifesta em grau máximo.

       As causas mais frequentes da desertificação estão associadas ao uso inadequado do solo e da água no desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal planejada e no desmatamento indiscriminado.
Principais problemas:
·         Vulnerabilidade às secas, que impactam diretamente a agricultura de sequeiro e pecuária
·         Fraca capacidade de reorganizar a estrutura produtiva do sertão
·         Desmatamento resultante da pecuária extensiva e do uso de madeira para fins energéticos
·         Problemas graves de desertificação já identificados
·         Sinalização dos solos decorrente do manejo inadequado na agricultura e no pastoreio
·         Perda de dinamismo de atividades industriais e comerciais
·         Precária conservação da infraestrutura rodoviária
·         Precário atendimento dos serviços de comunicação
·         Precário sistema de difusão tecnológica
·         Baixa produção científica e tecnológica para as necessidades do semi-árido
·         Deficiência nos níveis de capacitação da mão-de-obra rural, industrial e do comércio
·         Fragilidade institucional
·         Gestão municipal sem planejamento e comprometimento com objetivos a longo prazo.
A desertificação ocorre em mais de 100 países do mundo. Por isso é considerada um problema global. No Brasil existem quatro áreas, que são chamadas núcleos de desertificação, onde é intensa a degradação. Elas somam 18,7 mil km² e se localizam nos municípios de Gilbués, no Piauí; Seridó, no Rio Grande do Norte; Irauçuba, no Ceará e Cabrobó, em Pernambuco. As regiões áridas, semi-áridas e subsumidas secas, também chamadas de terras secas, ocupam mais de 37% de toda a superfície do planeta, abrigando mais de 1 bilhão de pessoas, ou seja, 1/6 da população mundial, cujos indicadores são de baixo nível de renda, baixo padrão tecnológico, baixo nível de escolaridade e ingestão de proteínas abaixo dos níveis aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde - OMS. Mas a sua evolução ocorre em cada lugar de modo específico e apresenta dinâmicas influenciadas por esses lugares.
As regiões sul-americana e caribenha têm inúmeros países com expressivas áreas de seus territórios com problemas de desertificação. Os mais significativos são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Peru e México.

Geografia da Austrália
      É caracterizada por desertos ou zonas semi-áridas — 40% da massa terrestre está coberta por dunas de areia. Só os cantos sudeste e sudoeste têm um clima temperado e um solo moderadamente fértil. A parte norte do país tem um clima tropical: parte é floresta tropical, parte são pastagens e parte é deserto. A Grande Barreira de Recifes, o maior recife de coral do mundo, situa-se a pouca distância da costa nordeste e estende-se por mais de 1200 km. O Uluru (conhecido como Ayers Rock até 1986) é o segundo maior monolito do mundo e situa-se na Austrália central.

Hidrografia
Zona contígua
        A CDM permite que o Estado costeiro mantenha sob seu controle uma área de até doze milhas náuticas, adicionalmente às doze milhas do mar territorial, para o propósito de evitar ou reprimir as infrações às suas leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração, sanitários ou de outra natureza no seu território ou mar territorial.

24 Milha Náutica, é uma unidade de medida de comprimento ou distância, equivalente a 1 852 metros, utilizada quase exclusivamente em navegação marítima e aérea e na medição de distâncias marítimas. A milha náutica não integra o Sistema Internacional de Unidades (SI) e o seu uso é desencorajado quando em relação com grandezas expressas em unidades do SI.

Zona econômica exclusiva 200 milhas náuticas De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os países costeiros têm direito a declarar uma zona econômica exclusiva  (ZEE) de espaço marítimo para além das suas águas territoriais, na qual têm prerrogativas na utilização dos recursos, tanto vivos como não-vivos, e responsabilidade na sua gestão ambiental.
A ZEE é delimitada, em princípio, por uma linha situada a 200 milhas marítimas da costa, mas pode ter uma extensão maior, de acordo com a da plataforma continental. A ZEE separa as águas nacionais das águas internacionais.
Muitas das atuais disputas internacionais pelo controle ou soberania de ilhas remotas, rochedos ou pequenos atóis, não são necessariamente motivadas pelo controle da área superficial da ilha ou arquipélago em questão, mas pela localização estratégica destes pontos em termos geopolíticos ou à abundância de riquezas naturais (pesca, petróleo) na área marítima adjacente, que pode vir a compor uma grande Zona Econômica Exclusiva. São esses motivos que explicam o fato de que quase todas as ilhas oceânicas e remotas se encontram sob a soberania de um determinado país, mesmo apesar de muitas delas serem desabitadas e sem haver nenhum tipo de potencial econômico aparente. As únicas exceções, são apenas as ilhas situadas ao sul do Paralelo 60 S, que se encontram protegidas pelo Tratado da Antártida.
A Antártida é atualmente o único continente onde não existem ZEEs, já que o Tratado da Antártida proíbe a exploração econômica predatória exclusiva no continente. Entretanto, há diversas reivindicações territoriais na Antártida que implicariam possíveis ZEEs ao redor do continente, mas estas disputas estão congeladas devido à vigência do tratado.

12 milhas Mar territorial é uma faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas náuticas (22 quilômetros) a partir do litoral de um estado, que é considerado parte do território soberano daquele Estado (excetuados os acordos com Estados vizinhos cujas costas distem menos de 24 milhas náuticas (44 quilômetros). A largura do mar territorial é contada a partir da linha de base, isto é, a linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro.
Dentro do mar territorial, o Estado costeiro dispõe de direitos soberanos idênticos aos de que goza em seu território e suas águas interiores, para exercer jurisdição, aplicar as suas leis e regulamentar o uso e a exploração dos recursos. Entretanto, as embarcações estrangeiras civis e militares têm o "direito de passagem inocente" pelo mar territorial, desde que não violem as leis do Estado costeiro nem constituam ameaça à segurança.
O mar territorial e seus conceitos correlatos - zona contígua, zona econômica exclusiva, plataforma continental etc. - são regulados pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CDM), de 1982.

 Lista de rios da Austrália
Rios mais importantes na Ocêania:
·         Abercrombie
·         Albert
·         Ashburton
·         Avon (Austrália Ocidental)
·         Avon (Austrália Ocidental)
·         Avon (Austrália Ocidental)
·         Barcoo
·         Barrington
·         Barron
·         Barwon (Nova Gales do Sul)
·         Barwon (Victoria)
·         Bell
·         Bega
·         Bimberamala
·         Blackwood
·         Bogan
·         Bremer
·         Brisbane
·         Burdekin
·         Burnett
·         Calliope hd
·         Castlereagh
·         Cataract
·         Clarence
·         Clyde
·         Colo
·         Condamine
·         Coopers Creek
·         Cudgegong
·         Darly
·         Dawson
·         De Gray
·         Derwent hd
·         Diamantina
·         Dumaresq
·         Edward
·         Esk
·         Eucumbene
·         Finke
·         Fish
·         Fitzroy (Queenland)
·         Fitzroy (Austrália Ocidental)
·         Fortescue
·         Franklin
·         Gascoyne
·         Geehi
·         Georges
·         Goodradigbee
·         Gordon
·         Goulburn (NSW)
·         Goulburn (Vic)
·         Grose
·         Gwydir
·         Hastings
·         Hawkesbury
·         Horton
·         Hunter
·         Huon
·         Ingeegoodbee
·         Jardine
·         Karuah
·         King (Vic)
·         King (Tas)
·         Kowmung
·         Lachlan
·         Lane Cove
·         Logan
·         Macdonald (Bendemeer)
·         Macdonald (St Albans)
·         Macleay
·         Macquarie
·         Manilla
·         Manning
·         Margaret
·         Maribyrnong
·         Mary
·         Mersey
·         Mitchell
·         Mitta Mitta
·         Molonglo
·         Moruya
·         Murchison
·         Murray
·         Murrumbidgee
·         Darling
·         Nambucca
·         Namoi
·         Nattai
·         Nepean
·         Nerang
·         Nogoa
·         Nymboida
·         Orara
·         Ord
·         Paroo
·         Parramatta
·         Patterson
·         Peel
·         Pine
·         Pioneer
·         Richmond
·         Roper
·         rio Severn (Nova Gales do Sul)
·         rio Severn (Queensland)
·         Shoalhaven
·         Snowy
·         Swan
·         Avon
·         Talbragar
·         Tamar
·         North Esk
·         South Esk
·         Thomson (Qld)
·         Thomson (Vic)
·         Tooma
·         Torrens
·         Tumut
·         Tweed
·         Victoria
·         Warrego
·         Williams
·         Wilson
·         Wingecarribee
·         Wollondilly
·         Woronora
·         Yarra

Lagos e lagoas
·         Lago Macquarie
·         Lago Tuggerah
·         Lagos Myall
·         Lago Smith
·         Lagoa Dee
·         Lago Tabourie de St.George
·         Lagos Gippsland
·         Lago Victoria
·         Lago Mallacoota
·         Lago Alexandrina
·         Lago Bonney

Lagos artificiais
·         Lago Burragorang na Nova Gales do Sul
·         Lago Eucumbene
·         Lago Jindabyne
·         Lago Burley Griffin
·         Lago Burrinjuck
·         Represa de Blowering
·         Lago Moondarra próximo ao Monte Isa
·         Represa de Carcoar
·         Represa de Burrendong
·         Represa de Keepit
·         Represa de Copeton
·         Lago Glenbawn
·         Lago Eildon em Victoria
·         Lago Dartmouth
·         lago Hume
·         Lago Argyle, na Austrália Ocidental
·         Represa de Wyangala

Lagos de água salgada

·         Lago Amadeus noTerritório do Norte
·         Lago Barlee, na Austrália Ocidental
·         Lago Cadibarrawirracanna
·         Lago Carey, Austrália Ocidental
·         Lago Disappointment, Austrália Ocidental
·         Lago Dumbleyung, Austrália Ocidental
·         Lago Dundas, Austrália Ocidental
·         Lago Eyre, Austrália do Sul
·         Lago Frome, Austrália do Sul
·         Lago Gairdner, Austrália do Sul
·         Lago Island
·         Lago Lefroy
·         Lago Torrens
·         Lagos Willandra, na Nova Gales do Sul
·         Mungo do lago

Lagos de água doce
·         Lago George, Nova Gales do Sul
·         Great, Tasmânia
·         Lago Saint Clair, Tasmânia
·         Lago Pedder, Tasmânia
·         Lago Gordon, Tasmânia

Lagos vulcânicos

·         Lago Azul, Austrália do Sul
·         Lago Little Blue, Austrália do Sul
·         Lago Valley, Austrália do Sul

Uso da terra

·         Terra arável - 6%
·         Cultivo permanente - 0%
·         Terra irrigada - 21 070 km² (est. 1993)
·         Pastagens permanentes - 54%
·         Florestas - 19%
·         Outros - 21% (estimativas de 1993)
·          

FRONTEIRAS
ÁREAS
·         Total - 7 686 850 km²
·         Terra - 7 617 930 km²
·         Águas interiores - 68 920 km²
Nota - inclui a ilha de Lord Howe e a ilha Macquarie

Fronteiras terrestres - 0 km
Costa - 25 760 km

Distâncias máximas (parte continental)
·         N-S - Darwin (Austrália)|Darwin-Melbourne - 2560 km
·         L-O - Sydney-Perth - 3264 km

Clima
Temperado, tropical e mediterrâneo.

Ambiente
·         Problemas atuais: erosão de solos proveniente da sobre pastagem, desenvolvimento industrial, urbanização e práticas agrícolas incorretas; aumento da salinidade dos solos devido ao uso de água de má qualidade; desertificação; limpeza de matas para uso agrícola ameaça o habitat natural de muitas espécies únicas de animais e plantas; a Grande Barreira de Recifes, o maior recife natural do mundo, está ameaçado pelo aumento de tráfego marítimo e pela sua popularidade enquanto destino turístico; recursos naturais de água doce limitados.

Topografia
Mapa topográfico da Austrália.

Terreno

·     A maior parte do território é um planalto baixo e desértico; uma planície fértil no sudeste. A Grande barreira de coral, o maior recife de coral do mundo, fica a pequena distância da costa nordeste. Uluru, na Austrália central, é o maior monólito do mundo.
Extremos de elevação
·     Ponto mais baixo:Lago Eyre: -15 m
·     Ponto mais elevado: Monte Kosciuszko: 2 229 m

Perigos naturais
Ciclones ao longo da costa; secas severas e inundações ocasionais; incêndios florestais frequentes
Recursos naturais
 Bauxita, carvão, minério de ferro, cobre, estanho, ouro, prata, urânio, níquel, tungstênio, areias minerais, chumbo, zinco, diamante, gás natural petróleo.


CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS (CEULP/ULBRA)

  • Trabalho de Hidrogeologia - Austrália
  • Orientador: Rodrigo Meireles 
  • Executado por:

        Aline S. Andrade 
        Maysa R. Maia  
       Thaynara N. Andrade
  • Turma: 3751 -2015/2
















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